A cultura, essa nossa amiga, é uma porta aberta para o desconhecido, um convite irresistível para aventuras sem fim, pois que, sem apresentar-se, chega devagarinho, sedutora e sem receios, exibe sutilmente seus complexos elementos, travestidos de beleza e simplicidade. Visando mostrar os caminhos que nos conduzirão a surpresas agradáveis e explorações que aumentam nossas forças, revigoram nossas resistências e, não satisfeitas, vasculham-nos profundamente, revolvendo conhecimentos e provocando experiências de ancestralidade que, afirmando-se em posturas de reconhecimentos, traz sabedoria e provoca sensações de identidade, amor e liberdade.
Como “Alice no país das maravilhas”, ela cria em torno de si, todo um imaginário coletivo, recria e dinamiza comportamentos, celebrações, crenças, pensamentos e, ao ritualizar a vida, propõe formas alternativas de ações que rompem com perspectivas manipuladoras e possibilitam transformações horizontalizadas no núcleo daqueles que compõem o popular. Esse fluxo contínuo e permanente, naturalizado socialmente, é o produto coletivo da vida das pessoas que criam, expressam, cantam, dançam, comem, ritualizam e, dão asas à imaginação. Eis aqui, a dinâmica desse povo, seu estilo, sua vida e sua arte; o sagrado e o profano, a existência, a coexistência e suas viagens maravilhosas.
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